A BÍBLIA É CONTRA TODO EXAGERO

Ec. 7.16-16

       "Não seja demasiadamente... Nem exageradamente..." (Almeida Rev e Atualizada)

É fundamental que analisemos os declínios da teologia ao longo do tempo. Mas, não devemos nos preocupar demasiadamente com as tendências (ou conveniências) teológicas.

O sábio Salomão nos ensina que devemos fugir daquilo que é demasiado e exagerado (mesmo que seja bom). É como se comêssemos mel em abundância! Algum mal iria nos fazer.

Devemos reconhecer que a Igreja de Cristo sofreu muito no decorrer da sua trajetória por causa das querelas teológicas e isso não trouxe frutos mas, sim divisões.

Parece-me então oportuno dizer que estudar "Teologia" nem sempre significa estudar a Palavra de Deus.

A Igreja de Cristo não teria sofrido tantas divisões e vergonhas se as lideranças não tivessem exagerado zelo por questões secundárias e pontos de vistas radicais.

A Teologia não deixa de ser uma "faca de dois gumes". Assim como a correnteza do rio, ela pode ser bem utilizada ou se tornar desastrosa quando suplanta seus limites e avança contra as cidades.

A teologia está impregnada de modismos, novidades e até mesmo de esquisitisses!

Não deveria a nossa teologia permanecer centrada na Bíblia? Ou poderíamos viver sem a teologia?

Claro que nenhuma igreja vive sem teologia.  A grande problemática é a qualidade da teologia moderna. Os crentes atuais, em sua maioria, não são curiosos como os de Beréia. Quando dizem que não precisam de teologia estão na verdade dizendo que possuem uma péssima teologia, uma teologia "barata e medíocre"; Os pregadores, por sua vez estão preocupados com números e reuniões sensacionalistas. Assim, em nome do bem estar pessoal e das multidões criam-se novos evangelhos, pseudos evangelhos que vão sendo empurrados goela abaixo sem nenhuma avaliação criteriosa e, sem nenhum respeito aos princípios da hermenêutica bíblica.

As piores heresias surgem e avançam exatamente nos meios religiosos que menos conhecimento buscam e menor resistência apresentam.

Que digam os pastores que recebem ovelhas doentes, vindas desses "apriscos" ou desses arraiais de falsos mestres e falsos profetas. Quando o apóstolo Paulo disse que devemos ser despenseiros fiéis, mostra-nos a grande responsabilidade dos líderes eclesiásticos na distribuição do alimento espiritual (I Cor 4.1,2).

Portanto, aqui vai um importante alerta: Amemos a Palavra de Deus na simplicidade da fé, mas com o zelo prudente e equilibrado para não cairmos nas armadilhas dos falsos cristãos.

I. ALGUMAS CORRENTES TEOLÓGICAS QUE ESTÃO MINANDO AS FORÇAS ESPIRITUAIS DA IGREJA    

1. Teologia da Prosperidade - A prosperidade à luz da Bíblia deve ser vista como um todo e, o seu ponto de partida deve ser a vida espiritual abundante. Ou, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

Essa falsa teologia ensina que riqueza, saúde e bem estar são sinônimos de vida cristã boa, equilibrada e agradável a Deus. Crasso engano!

2. Teologia da Libertação - essa propõe mudanças significativas nas estruturas sociais e trabalhistas como tarefa da igreja na libertação dos povos. Isso é puro humanismo e utopia marxista.

A verdade é que não podemos moldar o grande Deus criador às conveniências de qualquer corrente teológica ou filosófica.

Uns pendem para o humanismo, colocando o homem como centro de tudo e suas necessidades como o foco do evangelho - pregam um evangelho interesseiro, promete riquezas e felicidade sem compromisso e fé sem salvação; outros, inversamente, espiritualizam tudo! Chegam ao ridículo de ensinar que Deus não chama pastores e líderes para guiar o seu rebanho, que a igreja não precisa de recursos financeiros e aspectos organizacionais. Alcançam um nível de espiritualidade tão fantasioso que chegam a imaginar que estão 24 horas por dia em outras dimensões, não precisam mais da Bíblia e dizem receber revelações diretas do trono de Deus.

Quanto a essas correntes teológicas infundadas repudiemos. Quanto ao zelo equilibrado pelo ensino valorizemos. Que Deus nos abençoe hoje e sempre.